quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pontos de Solidariedade

No último sábado (24) o Fórum dos Pontos de Cultura do Rio de Janeiro realizou o Pontos de Solidariedade – Uma ação político cultural contra a criminalização da pobreza e por direito a políticas públicas para o conjunto da sociedade. O evento, que aconteceu no Centro do Teatro do Oprimido, na Lapa, contou com apresentações artísticas dos Pontos de Cultura, exibição de vídeos e arrecadação de doações para desabrigados pelas chuvas.

O encontro estava marcado para 16h e aos poucos as pessoas foram chegando e ajudando na arrumação do espaço: organizar arquibancadas, fazer as faixas, selecionar os videos, montar o som gentilmente cedido pelo ponto de cultura do Museu da Maré. Trabalho não faltava - vale lembrar, sempre coletivo.

O Ponto de Cultura América no Coração da Baixada abriu as apresentações da noite com Dona Dalma, do grupo de terceira idade do projeto, que também levou as apresentações de Carmem Miranda (por Nathalia Januzzi) e Ney Matogrosso (por Kleber Moreyra), que colocaram a platéia toda para dançar. O evento contou também com a roda de samba do Ponto de Cultura O Som das Comunidades, trazendo o melhor do samba para a atividade, que encerrou ao som de “Aquarela Brasileira”, de Silas de Oliveira, fazendo-nos sempre lembrar da bela diversidade cultural do país.

Além das apresentações, os participantes assistiram também ao vídeo do prêmio Interações Estéticas (outra ação ligada ao Programa Cultura Viva), ao registro feito pelo Me Vê na TV da 1ª Teia dos Pontos de Cultura RJ/ES realizada em Nova Iguaçu em 2007, e a vinheta de lançamento da 7ª Bienal da UNE Cordel Digital: Imaginário Popular em rede.

Na ocasião, também foi lida a carta “Catástrofes e descaso do poder público na gestão urbana: onde está o problema?”, uma resposta do Fórum dos Pontos de Cultura aos estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram o estado nas últimas semanas.

Foram arrecadados materiais de higiene, alimentos não perecíveis, roupas e agasalhos, entregues à comunidade do Borel, atingida pelas enchentes.

Do encontro, realizado durante o Viradão Carioca, saiu a idéia de fazer um circuito de apresentações artísticas dos Pontos de Cultura. Para Firmino, do Centro de Cultura e Educação Lúdica da Rocinha, “poderia ter um palco de dez da manhã às dez da noite que ainda iria faltar espaço pra todo mundo se apresentar”.

Em uma avaliação feita pelos presentes, poderia ter havido maior participação do Fórum dos Pontos de Cultura no evento. Mas, de uma forma geral, conclui-se que foi importante a realização da atividade, que arrecadou doações em uma ação que além de cultural, também teve caráter político. Para Carla Daniel, do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (Ciespi), uma das participantes do Fórum, “estes são momentos importantes de construção coletiva que nos fazem caminhar, rememorar e até questionar o que queremos e, sobretudo, o que podemos”.

Mais informações sobre o Fórum dos Pontos de Cultura do RJ: http://forumdospontos.pontaodaeco.org/pontosdecultura

Confira abaixo a carta lida no encontro:


Catástrofes e descaso do poder público na gestão urbana: onde está o problema?


Aos que tiveram a vida ceifada nas ultimas semanas em função da catástrofe do início de abril, e as familias que estão convivendo com esta tragédia, os nossos profundos sentimentos!

O fórum dos pontos de cultura do estado do rio solidariza-se com todas e todos que moram em morros; encostas; beira de valas, valões, próximos a rios, periferias e baixadas.

Setores elitistas da nossa sociedade sempre discriminaram e culparam os pobres, por morarem em lugares impróprios, como divulgado por representantes públicos nos meios de comunicação. A política publica sempre foi a de remoção!!!

“Se moramos onde moramos não é simplesmente porque queremos, mas, pelo que restou do que nos foi negado historicamente, pela ausência de políticas habitacionais, desde a abolição da escravidão neste país.”

Não é opção. É falta de opção.

As prefeituras e o governo estadual deveriam garantir prevenção básica nos morros, como poda de arvores, coleta seletiva de lixo, muros de contenção de encostas, fechamento de valas e etc. como ocorre no “asfalto”. Alem de planos de emergência de defesa civil para a população e a oferta de moradias dignas.
O governo federal ter um planejamento urbano de médio e longo prazo. Dentre outras ações que poderiam evitar tanto sofrimento.

A falta de políticas públicas contribuiu para um grande déficit habitacional no Brasil, segundo o movimento de luta por moradia. Há centenas de imóveis públicos fechados pelo estado do rio afora e que poderiam servir de moradia, assim como dezenas de fábricas que se encontram fechadas na Avenida Brasil e via Dutra, por exemplo.

O Fórum dos Pontos de Cultura do Estado do Rio exige políticas públicas sociais na área da habitação e gestão urbana, sobretudo, respeitando os aspectos culturais locais, parte importante dos direitos básicos de todo cidadão.

Importante frisar que fora da política não há solução. Somente através de uma ação política articulada e democrática com a participação dos moradores teremos alternativas para a questão.

Abaixo o crime do esquecimento e do descaso de tantas outras tragédias.

Não as remoções unilaterais e autoritárias sem a participação das comunidades.

Urbanização e serviços básicos da cidade nos morros já!!!

Cumpra-se o estatuto das cidades.

Fórum dos Pontos de Cultura, 24 de abril de 2010.


Copyfight - Propriedade Intelectual e Pirataria



Começa hoje na Escola de Comunicação da UFRJ o Copyfight, seminário organizado pelo Pontão de Cultura Digital da ECO que vai tratar e propriedade intelectual, pirataria, compartilhamento em rede, novas tecnologias, cultura livre, direitos autorais e por aí vai...

Acompanhe em www.twitter.com/alinecarvalho
Mais informações: http://copyfight.pontaodaeco.org/

Em breve, matéria aqui!

domingo, 18 de abril de 2010

Direito à moradia

Na tarde de quinta-feira, dia 15 de abril, cerca de 1500 pessoas ocuparam as ruas do centro de Niterói em manifestação pela garantia de moradia digna para a população pobre da cidade. O protesto Luto por Niterói foi organizado por moradores de 13 comunidades do município, além de sindicatos, movimento estudantil, organizações de defesa dos direitos humanos e mandatos populares reunidos no Comitê de Solidariedade e Mobilização das Favelas.

Vestidos de preto, portando cruzes, lírios brancos e velas, além de faixas e cartazes, os manifestantes caminharam até a sede da prefeitura municipal, onde tentaram apresentar uma pauta de reivindicações ao prefeito da cidade, Jorge Roberto Silveira (PDT). Uma comissão de dez representantes de comunidades foi recebida pelo secretário de governo, Michel Saad e outros secretários municipais, mas o prefeito não estava presente.

Em reunião fechada durante mais de duas horas, (a imprensa não pôde acompanhar, apenas fazer imagens) os moradores das favelas apresentaram aos representantes do poder público municipal a pauta de reivindicações do movimento. E também relataram as dificuldades pelas quais estão passando nas comunidades e bairros que mais sofreram desabamentos e alagamentos com as chuvas da semana passada.

Uma nova reunião ficou pré-agendada para a próxima semana, desta vez com a garantia dos secretários de que o prefeito estará presente. Conforme prometeram os representantes do executivo municipal, a data do encontro será confirmada ainda hoje.

“Eles tentaram nos enrolar para que o povo aqui em baixo fosse embora. Me surpreendeu muito a reunião porque eu não sei se havia desinformação ou muito cinismo, porque anotaram ponto a ponto o que relatamos que está acontecendo nesta cidade. É um governo que tem quatro mandatos em Niterói e não sabe onde estão os pontos críticos! Na próxima semana estaremos aqui de novo, vamos dobrar o número de pessoas de hoje”, afirmou Isabel Firmino, moradora da comunidade da Barreirinha, uma das participantes da reunião com os representantes da administração municipal.

Sem perspectiva de saída dos alojamentos provisórios, Niterói vive desde a semana passada uma tragédia que parece não ter fim próximo. Diante da catástrofe detonada pelas fortes chuvas, os moradores das regiões mais afetadas decidiram se unir no comitê de mobilização e solidariedade, que organizou o ato de ontem. De acordo com os dados oficiais, 146 pessoas morreram na cidade e cerca de 7 mil estão desabrigadas.

O comitê denuncia que as pessoas desabrigadas não têm ainda nenhuma perspectiva de conseguirem uma moradia digna. O pagamento do aluguel social, prometido pela prefeitura, ainda não se tornou realidade, e as famílias continuam alojadas em escolas e igrejas, sobrevivendo basicamente de doações.

Entre as reivindicações entregues pelos manifestantes ao governo municipal estão “a apresentação de um plano imediato de moradia popular”, bem como a “ocupação de todos os imóveis desocupados”, a “inspeção imediata das áreas de risco”, e o fim das remoções compulsórias.

No percurso até a prefeitura, do alto do carro de som, um dos moradores chamou a atenção da população para um edifício vazio, à Rua da Conceição, uma das vias do coração da cidade. O imóvel serviu de exemplo para os manifestantes mostrarem que há prédios no município sem cumprir a função social, como determina a constituição, e que poderiam se tornar moradias.

“Mas eles[os representantes da prefeitura] mudaram a cara quando nós falamos que sabíamos que em Niterói há prédios vazios e que nós queremos esses prédios para nós morarmos e não para servirem à especulação imobiliária”, relatou Izabel.

Muitas histórias parecidas

Dona Dulcinéia dos Santos, de 62 anos, mancava durante a manifestação. O pé está enfaixado e ela contou que o machucou quando saiu correndo de casa, na madrugada do dia 6 de abril, quando as paredes da casa dela desabaram. Moradora da comunidade da Caixa D’agua, na região do bairro do Fonseca, Dona Dulcinéia vive desde o desastre em um Ciep. Cada uma das quatro pessoas que moravam na casa que desabou foi buscar abrigo em um lugar diferente. Com lágrimas nos olhos, ela falou que não sabe onde irá morar daqui em diante.

“Eu só queria um teto para dormir, porque desde que minha casa caiu eu não durmo direito. Tem muita gente lá no Brizolão [Ciep] e cada um tem seu jeito de ser, então é muito difícil”, expressou.

Durante a manifestação, muitas histórias como a de Dulcinéia foram contadas. Dona Hilma é moradora do Morro do Estado, no centro da cidade, e também está sem moradia.

“Minha casa está dependurada. No dia da tragédia eu saí cedo e estava tudo normal, quando voltei, já estava tudo no chão”, lembrou. Casas abaixo da de Dona Hilma desabaram e soterraram várias pessoas, três delas não sobreviveram. Hilma está alojada na Associação dos Moradores do Morro do Estado e assim como Dulcinéia, não tem perspectivas de quando irá sair de lá e muito menos para onde ir.

Nas proximidades do Morro do Bumba, onde as buscas por corpos não terminaram e já foram contabilizadas 45 vítimas fatais, uma igreja evangélica abriga cerca de 70 pessoas. O pastor da igreja, Bruno Borges, participou da manifestação e contou que o poder público ainda é muito tímido na solução dos problemas dos desabrigados do Bumba. De acordo com ele, o apoio da prefeitura na forma de donativos só chegou quase uma semana depois da tragédia. Ele diz que as doações tem sido freqüentes por parte de pessoas solidárias e das igrejas.

Tragédia previsível

“A prefeitura sabia que aquilo era um lixão. Eu era criança quando eu brinquei lá e estava sendo aterrado e eu já tenho 38 anos. Então todo mundo sabia. Porque colocaram iluminação lá? As pessoas pagavam IPTU, então por que deixaram as pessoas morarem lá?”, questionou Bruno Borges.

O pastor destacou que os moradores do Bumba não querem ser removidos para longe da região e já tem uma solução para continuarem morando no local. Ele disse que há uma garagem desativada, cujo espaço poderia ser utilizado para construção de prédios. “Cabe todo mundo e ainda sobra lugar. Se quiser, o prefeito faz, não precisa mandar ninguém para longe como estão dizendo que vão mandar lá para Guaxindiba, para Manilha”.

Para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ) também presente na manifestação, o que aconteceu em Niterói e também em comunidades do Rio de Janeiro, é conseqüência da falta de políticas públicas e de uma inversão de prioridades nas administrações.

“O que aconteceu no Morro do Bumba não foi culpa das chuvas e nem dos moradores que lá foram morar, porque as pessoas não tem opção. Se as prioridades do poder público fossem outras, esta tragédia poderia ter sido evitada. É inconcebível a existência de um conselho político em Niterói recebendo R$ 6 mil reais cada conselheiro. Se o prefeito quer conselho, peça a ele para visitar as favelas que lá tem opiniões muito preciosas para aconselhá-lo no que ele tem que fazer”, ironizou.

A professora da Faculdade de Arquitetura e coordenadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos – Nephu – da Universidade Federal Fluminense (UFF), Regina Bienenstain, afirmou, durante o ato, que as pessoas não precisam ser retiradas das favelas para viverem em segurança.

“Retira-se apenas as famílias que estão nos locais de risco e remenaja-se para dentro da própria favela e se promove a urbanização. Mas tem que ficar claro que urbanização não é só pavimentar ruas, é preciso colocar drenagem, que é o principal instrumento para evitar riscos, realizar saneamento ambiental,colocar água e rede de esgoto”, explicou.

Regina disse ainda que é preciso mapear áreas da cidade onde podem ser construídas novas moradias, e também, criar políticas de geração de emprego e renda, para que as pessoas possam garantir suas habitações.

“O Bumba é a manifestação do vazio de políticas com relação à habitação. Na verdade todos os municípios deveriam considerar todas as parcelas da população como um direito à cidade. O pobre acaba não tendo espaço nesta cidade porque a terra tem dono e o que sobra são as áreas que não deveriam estar ocupadas”, declarou.

Expediente modificado para não receber manifestantes

Funcionários da prefeitura afirmaram que no dia de ontem o expediente de trabalho no local terminou antes do que era o costume – às 15h, quando geralmente vai até 19h. De acordo com os moradores que participaram da reunião com representantes do governo municipal, foi afirmado que o prefeito não esperou os manifestantes porque os “ânimos estavam exaltados” e, por conta disso, era melhor marcar uma reunião em outro dia.

O protesto, que começou antes de 16h e chegou à porta da prefeitura por volta de 17:30h, só terminou por volta de 21h, quando os representantes das comunidades desceram da reunião e repassaram as informações para os participantes do ato que ainda esperavam.

Apesar da tentativa de vários jornalistas, de diversas mídias, de obterem posições oficiais do executivo municipal acerca da reunião e outras informações, a prefeitura não falou com a imprensa até o final da manifestação.

Fonte: Fazendo Media (www.fazendomedia.com)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Gilberto Gil e a Cultura Digital

“É um novo mundo, por causa especialmente da acessibilidade e da velocidade, da generalização de usos e penetração desses usos em esferas antes assumidas por poucos grupos. (...) Surge a questão da multicapacitação, das multiutilizações, de tudo que o mundo digital proporciona, que é um mundo que socializou também todas as ferramentas, que agilizou as inteligências funcionais, que é como as inteligências entram em função no diálogo com as mentalidades.”


“Mas o mundo digital aproxima muito virtualidade e atualidade, fica muito confundido, e é difícil de contar esta inundação.”


“A tecnologia é a concepção que o homem foi fazendo de sua própria extensão.”


“Hoje não é mais o pequeno recanto que reivindica sua sucessão ao universal, é o universal que chama o local para que ele venha...”


“As idéias estão muito próximas, a tecnologia aproxima o virtual do atual, aquilo que era virtual já está sendo. (...) Por isso mesmo a produção entendeu que seu grande produto é o conhecimento”.


[Sobre a relação particular do Brasil com a Cultura Digital] Você tem uma marca, semântica, conceitual que pode servir de referência para a compreensão disso que é a antropofagia, essa capacidade de fusão e absorção, que virou marca desde Oswald de Andrade, passando pela Tropicália.”


“É uma tendência que a juventude do mundo todo está percebendo, no sentido de não se conformar mais com as restrições das especialidades, se formar em alguma coisa, de trabalhar num determinado setor.”


“Política é um instrumento do direito de legítimos ou de alguma forma reivindicados por alguém ou por um grupo. Ela não tem vida própria. Política é para uma finalidade humana qualquer que é pré-estabelecida antes da política. (...) A política é o que nós queremos fazer das coisas.”


“O mundo digital parece aproximar essas áreas [arte e ciência]. Aquilo que eu disse do virtual e do atual, a possibilidade atualizante desse mundo é impressionante. Vai além do romantismo ou da contracultura, possibilitando que indivíduos ou coletivos possam fazer esse exercício de criatividade.”



* Extraído da entrevista de Gilberto Gil na publicação Culturadigital.br


quarta-feira, 7 de abril de 2010


A chuva que atingiu a região metropolitana do Estado do Rio entre a última segunda e terça-feira (5 e 6/04), provocou uma série de estragos urbanos, paralisação das atividades na cidade, mais de 90 mortes e algumas conclusões infelizes sobre a política pública do Estado.

O governador Sérgio Cabral coloca a culpa das mortes em função dos deslizamentos em moradores das áreas irregulares das encostas (leia aqui). Em uma atitude irresponsável enquanto gestor público, conclui que estes moradores ocupam tais espaços por insistência e vontade própria, "atrapalhando" o trabalho de revitalização da cidade maravilhosa.

Sob esta argumentação, ainda justifica o projeto paleativo e preconceituoso de construir muros em volta dos morros para impedir a expansão das favelas, como há está sendo realizado no Complexo da Maré (como mostra a foto abaixo).

Curioso é que em momento algum as palavras "saúde", "educação", "meio ambiente", "segurança pública", "saneamento básico" aparecem em sua fala em relação aos moradores das favelas. Em vez de garantir o acesso a estes direitos básicos à (toda) população, o governador Sérgio Cabral e seu amigo prefeito Eduardo Paes preferem investir o dinheiro dos impostos dos trabalhadores em obras cosméticas e propaganda da cidade.

E ainda gastam dinheiro público fazendo campanha eleitoral antes da hora defendendo os royalties do petróleo para o Rio. Francamente....

Na contramão dessa falta de sensibilidade, internautas se organizam para realizar um evento em prol dos desabrigados:
http://spreadsheets.google.com /viewform?formkey=dEhpdEZqeW50Mktra0JLcDFoeERnY1E6MA


Leia as matérias publicadas na mídia alternativa:

http://ocidadaonline.blogspot.com/2010/04/sergio-cabral-acusa-os-pobres-das.html

http://www.apn.org.br/apn/index.php?option=com_content&task=view&id=1616&Itemid=1

http://virusplanetario.wordpress.com/2010/04/07/chuvas-no-rio-nem-tudo-vale-a-pena/