domingo, 20 de dezembro de 2009

Entre reivindicações e acordos, salvaram-se todos

"Muita coisa aconteceu". Essa foi uma das respostas que mais me fez refletir, ao perguntar a uma colega de construção da Conferência no Rio o que ela havia achado da Confecom. A 1° Conferencia Nacional de Comunicação foi um momento histórico para o país e, sem dúvida, pra quem esteve durante estes 4 dias em Brasília discutindo políticas de comunicação.
Entre filas, atrasos e incertezas, a estrutura de organização do espaço deixou a desejar desde o início deste processo, em parte por inexperiência do Ministério das Comunicações em promover um espaço como esse, o que fez dos problemas metodológicos, estruturais e técnicos, também problemas políticos.A enorme fila de credenciamento para os GTs, além de ser um desrespeito com os delegados previamente inscritos nos grupos pela internet, atrasou o início da plenária onde foi votado o regimento, levando à supressão da programação os painéis sobre os temas; a sistematização técnica feita pela FGV confundiu e atrasou a consolidação de propostas semelhantes, levando a plenária final a terminar antes de serem avaliadas todas as propostas para garantir a presença nas votações dos representantes dos segmentos, que com a passagem marcada para quinta à noite, começavam a esvaziar a plenária; e a inconstância da rede wi-fi no auditório levou àqueles que não tinham sua conexão 3G portátil - como essa que vos fala - a ficarem em falta com a cobertura em tempo real dos acontecimentos.

Por outro lado, em termos de conteúdo e avanço, ao contrário das nossas previsões, o resultado saiu melhor do que o esperado. Não sem muito esforço de diálogo e acordos, vale lembrar. Mas para quem esperava o pior, ver aprovadas questões referentes a políticas de financiamentos para produção independente, por exemplo, foi uma vitória - apesar de não conseguirmos ainda garantir sua distribuição em cotas de exibição e circulação, como prevê a Constituição.

A participação dos empresários (representados pela Abra e Telebrasil), que parecia ser o grande desafio a ser enfrentado, acabou se mostrando uma questão de sensíveis negociações, com um setor aberto ao diálogo mas com interesses definidos e uma "base" muito bem organizada, por assim dizer (sentados sempre em bloco, a cada questão de interesse via-se um mar de crachás azuis se levantando em sintonia).
Já a sociedade civil, que desde o início foi quem construiu a Conferência, encontrou pontuais dificuldades em função de divergências políticas e metodológicas que nem sempre puderam ser superadas. A disputa de espaço também se fez presente na Conferência, e os acordões foram a solução encontrada, deixando isolados os militantes em minoria. Embora tenha sido a saída necessária para os avanços alcançados para a sociedade civil como um todo, esta prática enquanto processo enfraquece o movimento social, uma vez que as decisões são tomadas entre as diretorias das entidades que não necessariamente consultaram sua base popular, a quem representam. Se este procedimento é considerado importante estratégia por alguns e a descaracterização da militância por outros, em termos de conteúdo as divergências não foram tão grandes assim.

Ao longo do processo de construção desta conferência - e muitos anos de luta - a sociedade civil teve a oportunidade de pautar uma agenda em comum entre setores com trajetórias diferentes, gerando um importante acúmulo intersetorial e a nível nacional para as comuicações. Abordando o acúmulo em infra-estrutura, marco regulatório e lutas setoriais, foi possível visualizar diretrizes para as políticas na área de forma mais consolidada e em sintonia com a pauta dos movimentos sociais - ao meu ver, o grande ganho desta primeira Conferência.
Alguns debates mais sensíveis que os outros ainda encontraram certa resistência na aprovação de propostas, mas grandes avanços como a criação de uma Nova Lei de Imprensa (e não a mesma derrubada pelo STF, chamada pelo Globo de inconstitucional), a proibição de propaganda infantil dirigida a menores de 12 anos e a descriminalização das rádios comunitárias são importantes avanços para o campo das Comunicações no país.

Entretanto, a Conferência não tem caráter deliberativo, e as propostas aprovadas servem apenas como indicadores de diretrizes para estas políticas. O próprio Governo Federal já deu indicativos de que irá considerar propostas como a criação do Conselho Nacional de Comunicação (e, em instâncias locais, outros governos estaduais e municipais se mostraram abertos a esta proposta também) e a realização da próxima Conferência, até 2012. Mas cabe agora à sociedade civil aproveitar o ano eleitoral para fazer esta pressão e não deixar que esta mobilização se limite à Confecom - e que mais avanços sejam alcançados.

A quantidade de matérias e posts em blogs e sites sobre a Confecom poderia até me desanimar a escrever. Mas, pelo contrário, trazem cada vez mais certeza que a comunicação é um direito – e uma demanda - que não deve ser apenas garantido na constituição, como aprovado na Conferência. Bacharel em Estudos de Mídia, não tenho nem pretendo ter diploma de jornalista, mas, ainda assim, como boa blogueira, militante e, mais, comunicadora, continuo exercendo livremente este direito. Com saldo positivo e muito trabalho pela frente, me despeço de vocês, companheiros de Confecom, desejando um Feliz Natal e um 2010 repleto de alegrias, conquistas e energias positivas.
Até a próxima!

Entre reivindicações e acordos, salvaram-se todos

"Muita coisa aconteceu". Essa foi uma das respostas que mais me fez refletir, ao perguntar a uma colega de construção da Conferência no Rio o que ela havia achado da Confecom. A 1° Conferencia Nacional de Comunicação foi um momento histórico para o país e, sem dúvida, pra quem esteve durante estes 4 dias em Brasília discutindo políticas de comunicação.

Entre filas, atrasos e incertezas, a estrutura de organização do espaço deixou a desejar desde o início deste processo, em parte por inexperiência do Ministério das Comunicações em promover um espaço como esse, o que fez dos problemas metodológicos, estruturais e técnicos, também problemas políticos.A enorme fila de credenciamento para os GTs, além de ser um desrespeito com os delegados previamente inscritos nos grupos pela internet, atrasou o início da plenária onde foi votado o regimento, levando à supressão da programação os painéis sobre os temas; a sistematização técnica feita pela FGV confundiu e atrasou a consolidação de propostas semelhantes, levando a plenária final a terminar antes de serem avaliadas todas as propostas para garantir a presença nas votações dos representantes dos segmentos, que com a passagem marcada para quinta à noite, começavam a esvaziar a plenária; e a inconstância da rede wi-fi no auditório levou àqueles que não tinham sua conexão 3G portátil - como essa que vos fala - a ficarem em falta com a cobertura em tempo real dos acontecimentos.
Por outro lado, em termos de conteúdo e avanço, ao contrário das nossas previsões, o resultado saiu melhor do que o esperado. Não sem muito esforço de diálogo e acordos, vale lembrar. Mas para quem esperava o pior, ver aprovadas questões referentes a políticas de financiamentos para produção independente, por exemplo, foi uma vitória - apesar de não conseguirmos ainda garantir sua distribuição em cotas de exibição e circulação, como prevê a Constituição.
A participação dos empresários (representados pela Abra e Telebrasil), que parecia ser o grande desafio a ser enfrentado, acabou se mostrando uma questão de sensíveis negociações, com um setor aberto ao diálogo mas com interesses definidos e uma "base" muito bem organizada, por assim dizer (sentados sempre em bloco, a cada questão de interesse via-se um mar de crachás azuis se levantando em sintonia).

Já a sociedade civil, que desde o início foi quem construiu a Conferência, encontrou pontuais dificuldades em função de divergências políticas e metodológicas que nem sempre puderam ser superadas. A disputa de espaço também se fez presente na Conferência, e os acordões foram a solução encontrada, deixando isolados os militantes em minoria. Embora tenha sido a saída necessária para os avanços alcançados para a sociedade civil como um todo, esta prática enquanto processo enfraquece o movimento social, uma vez que as decisões são tomadas entre as diretorias das entidades que não necessariamente consultaram sua base popular, a quem representam. Se este procedimento é considerado importante estratégia por alguns e a descaracterização da militância por outros, em termos de conteúdo as divergências não foram tão grandes assim.
Ao longo do processo de construção desta conferência - e muitos anos de luta - a sociedade civil teve a oportunidade de pautar uma agenda em comum entre setores com trajetórias diferentes, gerando um importante acúmulo intersetorial e a nível nacional para as comuicações. Abordando o acúmulo em infra-estrutura, marco regulatório e lutas setoriais, foi possível visualizar diretrizes para as políticas na área de forma mais consolidada e em sintonia com a pauta dos movimentos sociais - ao meu ver, o grande ganho desta primeira Conferência.

Alguns debates mais sensíveis que os outros ainda encontraram certa resistência na aprovação de propostas, mas grandes avanços como a criação de uma Nova Lei de Imprensa (e não a mesma derrubada pelo STF, chamada pelo Globo de inconstitucional), a proibição de propaganda infantil dirigida a menores de 12 anos e a descriminalização das rádios comunitárias são importantes avanços para o campo das Comunicações no país.
Entretanto, a Conferência não tem caráter deliberativo, e as propostas aprovadas servem apenas como indicadores de diretrizes para estas políticas. O próprio Governo Federal já deu indicativos de que irá considerar propostas como a criação do Conselho Nacional de Comunicação (e, em instâncias locais, outros governos estaduais e municipais se mostraram abertos a esta proposta também) e a realização da próxima Conferência, até 2012. Mas cabe agora à sociedade civil aproveitar o ano eleitoral para fazer esta pressão e não deixar que esta mobilização se limite à Confecom - e que mais avanços sejam alcançados.

A quantidade de matérias e posts em blogs e sites sobre a Confecom poderia até me desanimar a escrever. Mas, pelo contrário, trazem cada vez mais certeza que a comunicação é um direito – e uma demanda - que não deve ser apenas garantido na constituição, como aprovado na Conferência. Bacharel em Estudos de Mídia, não tenho nem pretendo ter diploma de jornalista, mas, ainda assim, como boa blogueira, militante e, mais, comunicadora, continuo exercendo livremente este direito.

Com saldo positivo e muito trabalho pela frente, me despeço de vocês, companheiros de Confecom, desejando um Feliz Natal e um 2010 repleto de alegrias, conquistas e energias positivas.

Até a próxima!

domingo, 13 de dezembro de 2009

A caminho da 1º Conferência Nacional de Comunicação


Hoje, 14 de dezembro de 2009, começa a 1º Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). O que poderia ser uma oportunidade para a revisão do modelo de telecomunicações, a caminho da democratização da mídia no país, corre o risco de ser um jogo de cartas marcadas entre um setor empresarial pouco aberto a mudanças estruturais no atual sistema e um movimento social já desgastado depois de 8 meses de construção de Conferência - e anos de luta.

O Ministro das Comunicações Hélio Costa, em entrevista ao programa Roda Viva na ultima segunda feira, declarou acreditar que "os dois segmentos estão em pé de igualdade no debate", com 40% de delegados cada, não cabendo ao poder público, com 20% de representatividade, intervir em nas chamadas "questões sensíveis". Por "questões sensíveis" entende-se: restrições a outorgas de concessões a emissoras com irregularidades legais (como vinculação a cargos políticos e igrejas), cotas para produções regionais e independentes e a descriminalização de rádios comunitárias - apenas para citar alguns exemplos. Na verdade, o próprio sistema de comunicação do país é uma questão sensível, uma vez que está enraizadamente concentrado em poucas mãos e desatualizado frente às novas tecnologias da informação.

A legislação do setor permanece praticamente intacta desde a época da ditadura militar, quando a comunicação de massa se instaurou no Brasil com forte apoio por parte do governo. O importante papel de integração nacional que outrora desempenhou, hoje é uma das principais razões para a manutenção das desigualdades sociais no país. Mas em nome da "liberdade de expressão" o próprio Ministro deixa bem claro que "o controle social da mídia é um dos temas mais temerosos da Confecom". Ex funcionário da Rede Globo, Helio Costa faz coro ao discurso empresarial neoliberal de que não cabe ao Estado estabelecer políticas para mídia, pois esta regulação é e deve continuar sendo do mercado.

Reivindicação dos movimentos de comunicação há anos, o estabelecimento de novos marcos regulatórios são fundamentais em um contexto de novas possibilidades midiáticas como a internet e a tv digital, que hoje não encontram qualquer referência na legislação, ainda a mesma da época do vídeo cassete. Pressionado por setores da sociedade civil por ser um governo dito popular e já ter realizado uma série de Conferências Nacionais em outros setores (como Segurança Pública, Saúde e Educação), o presidente Lula anunciou no Fórum Social Mundial no inicio deste ano a convocação da Conferência, agora para o "sensível" setor das Comunicações.

É curioso como o mesmo governo que fechou mais rádios comunitárias que o governo FHC mantém uma política cultural autenticamente inovadora como o Programa Cultura Viva (com o reconhecimento de milhares de iniciativas culturais pelo país) e o Fórum da Cultura Digital Brasileira (o primeiro fórum do mundo convocado pelo poder público que reúne pesquisadores, técnicos, ativistas e governo para criação de diretrizes para a construção de políticas publicas para este novo setor). A Conferência Nacional de Cultura, que terá sua segunda edição em março do ano que vem, irá consolidar junto ao crescente movimento cultural do país uma série de indicadores e políticas que vem sendo trbalhados desde 2004, quando deu-se início a uma profunda transformação no Ministério da Cultura e nas políticas públicas do setor, através de seu ministro, Gilberto Gil.

Já no caso da Comunicação, este processo de construção tem sido radicalmente diferente. A divisão de representatividade na comissão organizadora entre poder público (20%), empresários (40%) e sociedade civil (40%), não condiz com a realidade, e a necessidade do quórum qualificado de 60% para aprovação das tais “questões sensíveis” significa praticamente o poder de veto dos empresários justamente nas questões que mais interferem nos interesses privados sobre o bem público que é a comunicação. O não reconhecimento das conferências municipais e estaduais como etapas preparatórias, a misteriosa inscrição dos 130 observadores livres pela internet e indefinições na emissão de passagens dos delegados são alguns exemplos das dificuldades enfrentadas por quem de fato construiu esta Conferência: os movimentos sociais.

Sindicatos, professores, estudantes, técnicos, rádios e tvs comunitárias, mandatos populares, produtores culturais, pontos de cultura e muita gente se organizou em fóruns locais para debater e lutar pela democratização da comunicação. Para além do fato histórico que é a realização desta 1º Conferência Nacional de Comunicação, o mais importante foi este processo que, apesar de todos os problemas estruturais, metodológicos - e, sem dúvidas, políticos -, ampliou o movimento da comunicação no país e serviu para a consolidação de uma agenda de debates que não pode ter seu fim na Confecom, muito pelo contrário: teremos muito trabalho pela frente.

Acompanhe a 1° Confecom pelo Twitter: @alinecarvalho

* É incentivada e autorizada a reprodução livre desse texto , desde que citada a fonte


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma Maré de Guerra

Já que a "grande mídia" não colabora, cabe à gente divulgar nas "micromídias".

É muito absurdo o que está acontecendo por si só, mas a não repercussão dessa ligação da polícia ocm o tráfico é mais revoltante ainda!


Texto de um morador da Maré publicado originalmente em http://fazendavirtual.wordpress.com/2009/11/27/uma-mare-de-guerra/


Durante essa semana, o 22º batalhão da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro iniciou uma operação para tapar os buracos na favela Parque União no Complexo da Maré.

Os grandes meios de comunicação noticiaram que o objetivo desta missão era reprimir o tráfico de drogas e o roubo a carros nas vias expressas que ficam próximas à comunidade. Há quem discorde destas notícias. Um deles sou eu.

Voltemos no tempo e vejamos os motivos para desconfiar desta ação. Em abril deste ano, os traficantes Nei da Conceição Cruz, o Facão, e Márcio José Sabino, o Matemático, ganharam o direito de trabalhar fora da prisão. O nome dado a essa idiotice é “progressão da pena“. Fugiram. Óbvio. Só a polícia não sabia. Noooooooossa! Que polícia inteligente.

Dois meses depois da fuga, a guerra. A bendita guerra.

Com o slogan “Acabou a miséria, o império caiu” o TCP foi a luta. Na garra e na marra, tomou namoral os pontos de vendas de drogas na Vila do Pinheiro e na Vila do João. Não sem antes de dizimar, brutalmente, uma geração inteira de jovens. Uns 100.

Na época, lembro-me bem, moradores tentaram denunciar a participação da polícia na invasão. Foram ignorados. Nem sequer houve investigação. Pelo menos que eu saiba. Simplesmente disseram que era um absurdo. E pum! Abafaram o caso. O pior disso tudo, é que os moradores sabem que foi o Caveirão que deu passagem pro bonde do TCP…

A guerra passou e a Maré pôde respirar finalmente. Agora tá só lazer, é tudo 3!

O que ninguém nunca mais comentou foi que o Facão saiu da cadeia escoltado por policiais civis. É isso mesmo. Por policiais civis! Por que será?

Sirene ligada. É o mundo se acabando e bem de baixo dos nossos narizes.

Outra evidente ligação da polícia com o Terceiro, é que no dia 17/09/09 a polícia apreendeu na Baixa do Sapateiro uma farda completa do BOPE na casa do traficante Tavito Diniz de Queiroz, que portava, além da farda, um armamento pesado. Disseram que ele produziu a farda no quintal de casa. Tu acredita? Nem eu.

Tudo isso companheiro, é pra dizer que está prestes a estourar outra guerra no Complexo da Maré. E, novamente, com ajuda da polícia. Não tô profetizando. É o papo que tá rolando. O Terceiro Comando Puro vai de bicho pra cima do Comando Vermelho. E as próximas vitimas são os moradores da Nova Holanda e do Parque União. Onde, ultimamente, o 22º batalhão tem investido suas forças.

Tomara que eu esteja errado. Tomara que só tomara. Tomara. Porque, como constatado pelos fatos acima, a nossa polícia anda de mãos dadas com os nossos traficantes.

Evoé e o recado está dado.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Rede livre de telefonia celular GSM

A exatos 12 dias da 1º Conferência Nacional de Comunicação, nada mais apropriado que falar da intervenção no privado sistema das telecomunicações, que a cada dia avança mais e mais concentrando a comunicação - um bem público, vale lembrar - na mão de poucos.

Nesse sentido, hackers criaram uma rede experimental de telefonia celular GSM em um evento na Holanda. Reproduzo abaixo a matéria, pois a idéia é muitíssimo interessante:


"Durante o evento Hacking At Random 2009 (HAR 2009) em Vierhouten, na
Holanda, o hacker alemão Harald Welte operou a primeira rede de telefonia
celular *GSM* baseada em software Open Source. Montada com permissão das
autoridades locais, a “operadora” chegou a registrar 391 “assinantes” ao
longo dos quatro dias do evento.

A estrutura foi baseada em dois transmissores (BTS – Base Transceiver
Station) amarrados ao topo de uma árvore e conectados a um controlador (BSC
– Base Station Controller), na verdade um PC rodando o software
OpenBSC<http://bs11-abis.gnumonks.org/trac/wiki/OpenBSC
>,
desenvolvido pelo próprio Harald. Assim que um celular entrava ao alcance da
rede, recebia uma mensagem SMS com um código, que deveria ser registrado em
um website. A partir daí, o usuário era livre para fazer e receber chamadas.

Segundo Harald, apesar da baixa potência dos transmissores (limitada a
pedido das autoridades) a cobertura do sinal foi considerada muito boa,
englobando quase todo o local do evento. O software também se mostrou
funcional e razoavelmente estável, apesar de alguns “segfaults” a cada três
ou quatro horas. Mais informações sobre o OpenBSC podem ser encontradas em
bit.ly/2m0Nmm
"

Fonte<http://www.geek.com.br/blogs/832697632/posts/10734-hackers-criam-rede-alternativa-de-telefonia-celular-gsm-na-holanda>|
Experiências <https://wiki.har2009.org/page/GSM>


Há uns meses atrás, Rafael Polo (rafael.polo@gmail.com), do Partido Pirata (www.partidopirata.org) tentou motivar um grupo pelo orkut
(http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=21736&tid=5372336967207017884&kw=gsm&na=4&nst=1&nid=21736-5372336967207017884-5374718054135952031) pra levantar um provedor de
telefonia GSM livre aqui no Brasil, mas faltava alguém com maiores conhecimentos técnicos em telecomunicações.

Se você conhece alguém com este perfil passe esta mensagem pra ele !


Até mais!