quinta-feira, 2 de outubro de 2008

1.3.2 O rock'n'roll

É importante assinalar a importância dos meios de comunicação de massa para configuração da contracultura da década de 60: “pela primeira vez, os sentimentos de rebeldia, insatisfação e busca, que caracterizam o processo de transição para a maturidade, encontram ressonância nos meios de comunicação”.

Aquela geração começava então a desenvolver uma cultura própria na música, na moda, na linguagem e os avanços tecnológicos da época os conectavam com a juventude do resto do mundo a partir de uma linguagem universal: o rock.
A música foi o principal canal de expressão daqueles ideais, e artistas como Jimi Hendrix, The Doors, Bob Dylan, Janis Joplin, Led Zepelin, The Beatles, Mick Jagger e a Tropicália brasileira – entre muitos outros em todo o mundo - faziam a trilha sonora de uma geração que buscava novas maneiras de viver e amar. O rock´n´roll – fusão explosiva do blues, jazz, folk e country – deixa de ser apenas um subproduto da indústria cultural que se consolidava naquela década e construía um discurso crítico social e comportamental na mídia, incorporando principalmente elementos da cultura negra que ganhava força nos EUA.

A experimentação e a quebra do padrão em relação aos formatos da música industrial era refletido no som dos britânicos Beatles, em seu emblemático álbum “Sargent Pepper´s Lonely Hearts Club Band”, que, por sua vez, influenciaram diversos movimentos musicais no mundo – como a própria Tropicália, que veremos adiante. Além disso, contestavam o papel do músico na sociedade de consumo através de intervenções artísticas politizadas – como a apaixonada e violenta versão do hino nacional executada por Jimi Hendrix no famoso festival de Woodstock, dando expressão à revolta e à confusão que marcavam a vida dos jovens da época.

Um comentário:

Unknown disse...

Sem dúvida a reesonância do rock é intensa e a q reverbera atemporalmente com mais consistência, sendo a "contracultura" mais dissonante até quando está em evidência, como foi o surgimento do Nirvana numa época em q a música pop estava saturada de clichês e posers.
Parabéns pelo Blog e boa sorte na monografia.