domingo, 7 de março de 2010

Mais Autonomia, Mais Cidadania e Menos Violência paraas Mulheres Brasileiras
















Como sabemos, dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher.
Entretanto, o que nem todos sabem é que esta data simboliza uma das primeiras manifestações de mulheres por uma sociedade mais justa:
Em 8 de março de 1857 mulheres trabalhadoras de uma fábrica de tecidos em Nova York fizeram uma greve reivindicando melhores condições de trabalho (como a redução na carga diária de trabalho para dez horas, equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho). Em resposta, a manifestação foi reprimida, e as mulheres trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada matando em torno de 130 trabalhadoras.

Durante anos, mulheres de vários países, e de várias formas diferentes, buscavam se manifestar em relação à data, e em 1910 em uma conferência na Dinamarca é estabelecido o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Este ano fazem 100 anos que a data foi oficialmente estabelecida e, para celebrar, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres promove uma série de atividades sob o lema "Mais Autonomia, Mais Cidadania e Menos Violência paraas Mulheres Brasileiras".

O evento contará com exibições de filmes, mostra de projetos, shows, feira gastronômica, testagem de HIV, emissão gratuita de documentação, atendimento prestado pela rede de enfrentamento à violência contra as mulheres e uma série de apresentações artísticas.

O encontro será a partir das 11h na Estação de Ferro da Leopoldina,no Rio de Janeiro, contará com transmissão ao vivo pela Tv Brasil.

No Brasil, em particular, vivemos um momento onde importantes lutas para as mulheres estão sendo debatidas e conquistadas, contrastando com uma sociedade ainda machista, conservadora e preconceituosa:
O debate sobre a descriminalização do aborto no Plano Nacional de Direitos Humanos e a energética reação da igreja e da direita midiática; A escolha de uma mulher assumidamente homosexual para participar do reality show de maior audiência no país e sua eliminação por parte de uma audiência em coro com um participante machista e homofóbico; A candidatura de duas mulheres para a presidência da república e notícias diárias de casos de adultério em diversas camadas da sociedade. Tudo isso mostra que as mulheres vêm conquistando um importante espaço, graças a batalha diária de trabalhadoras e trabalhadores, estudantes, artistas e militantes que não concordam com as injustiças de gênero - mas muito ainda há de se fazer.

Embora as vitrines das lojas também façam questão de lembrar desta data, o Dia Internacional da Mulher não se limita ao dia 8 de março. A luta por um mundo com menos preconceito, menos violência e mais dignidade - para homens e mulheres - deve ser todos os dias.


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